Traje de Passeio das Soberanas carrega a energia do voluntariado
A
rainha Jéssica Bischoff e as princesas Nathália Kinast e Natália Dier, da 32ª Oktoberfest de Igrejinha, divulgam
a edição de 2019 da festa exibindo um traje de passeio com referências que unem
história e memórias. Conceitos remetendo
aos festejos de kerb, à alegria e à força do voluntariado, à beleza das flores
e ao calor dos visitantes nortearam o trabalho da estilista igrejinhense Sônia Maria Kaefer, do atelier Sônia Moden Haus – expressão em
alemão que significa casa da moda.
A
inspiração da modista partiu de referências dadas por integrantes da diretoria
e da comissão de cultura da festa ainda no final de 2018, como os bordados
feitos nas roupas usadas em datas festivas. “Tenho muito na lembrança a imagem das minhas avós bordando
ou crochetando trajes para ocasiões especiais. Foi em detalhes assim que
sugerimos a busca de inspiração para os trajes, algo que remetesse aos
antepassados”, conta Priscila Reinheimer, esposa do presidente da 32ª
edição, Ezequiel Stein.
Confeccionando
trajes típicos desde a primeira Oktober de Igrejinha, em 1988, Sônia
desenvolveu o modelo com base em pesquisas históricas. “Usamos tons que
respeitam as cores da inspiração
Hünsrick, que são sóbrias, mas vibrantes, capazes de carregar a energia do
voluntariado”, destaca a estilista. Sônia acrescenta que o processo de
produção contou com o apoio de toda a equipe do seu atelier.
A
história é contada por ricos e exclusivos bordados, que estão presentes em cada
detalhe do traje, no corpo, nas mangas e no avental. O corpo do vestido, em rosa antigo, vem com adereços em renda
brocada, galardão, fitas de cetim e correntes com pingentes. As saias são em tafetá bordô, com detalhes
feitos manualmente. As blusas são de
chifon cristal, com detalhes de renda - que lembram crochê. Os aventais são em cetim cristal preto com
bordados exclusivos de edelweiss – flor que é símbolo do amor eterno na
Alemanha e da festa “De todos para todos” - e flores que anunciam a primavera,
estação em que acontece a Oktober. Os casacos
são de lã preta, com detalhes bordados que ficam em sintonia com os aventais e
representam o calor dos visitantes.
“Fiquei
admirada com a história por trás de cada detalhe, além de lindo nosso traje é
repleto de cultura, um verdadeiro traje típico, que nos leva de volta às nossas
origens”, destaca a rainha Jéssica Bischoff. Para a princesa Nathália Kinast, “os
trajes são maravilhosos, possuem traços simples com toques de nobreza, como os
dos imigrantes que colonizaram nossa região, é um resgate de nossas origens”. A
princesa Natália Dier salienta os detalhes, “cada um tem significado, o que o
torna mais especial ainda! Todas as pessoas elogiam muito, principalmente por
ter sido confeccionado na nossa cidade”.